Com a chegada do VAR muita coisa mudou no futebol. Em tempo para quem possa ler isto em uma época qualquer, talvez seja bom explicar:
Existiu um tempo que muitas partidas, campeonatos, e até Copa do mundo foram decididos com erros grosseiros de arbitragem. Na Copa do Mundo de 2018 (na Rússia) o VAR (ou árbitro de vídeo) foi implementado no futebol.
Mas não é assim por qualquer coisa que ele pode ser acionado. Somente em pontuais circunstâncias, como expulsões ou revisão de gols.
Na prática, na revisão de gols foi adotado um protocolo: O Bandeirinha deixa o jogo ‘correr’ e após a conclusão da jogada, ele emite sua opinião, hasteando sua bandeira ou não.
Acontece que hoje à noite, assistindo o jogo do Goiás X São Paulo, no primeiro gol do Goiás (estava 2 a 0 para o São Paulo), o bandeirinha esperou a finalização da jogada e ergueu seu instrumento de trabalho.
PÁ! Impedido!!!
Aí o juizão vai conferir no VAR, e o mesmo autentica o GOL, ou seja, o bandeira errou.

Claro, foi um lance muito rápido, aqueles que a zaga sai e o atacante entra ao mesmo tempo. Praticamente impossível de se ver a olho nú mesmo. Coitado do bandeira.
Mas a questão não é essa. O grande problema é que o bandeirinha não faz mais nada no jogo. Ele só tem um destino: Errar!!!
Sim, ele fica o jogo inteiro validando ou anulando lances que não valem nada (após a conclusão da jogada) e após isso, se a bola entra – ou seja, realmente onde importa – o VAR é chamado e diz: Olha você errou, ou ok você acertou.
Então, sua profissão fica totalmente jogada ‘aos leões’ nos jogos. Se ele acertar não fez mais que a obrigação, se errou é corrigido na hora.
Agora, só fico na dúvida se sua profissão é a melhor ou a pior do mundo.
Uma vez que ele não tem mais aquele ‘compromisso’, pois o titio estará lá verificando tudo que ele pré-julgou em 1 micro segundo.
Acho isso uma grande covardia com o profissional, e deveria haver alguma forma de preservar o profissional e até o ser humano que está por trás do bandeira.
Seria ele um ‘café com leite’ na arbitragem?

